Primeiro mataremos todos os subversivos; depois mataremos seus colaboradores; depois seus simpatizantes,
depois os que permanecem indiferentes; e finalmente mataremos os tímidos.
Declaração feita em 1976 pelo governador militar de Buenos Aires, General Ibérico Saint-Jean. In: JABINE, Thomas; CLAUDE, Richard
(Orgs.). Direitos humanos e estatística: o arquivo posto a nu. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 400.
A última ditadura militar Argentina (1976-1983) foi o regime político mais violento e autoritário do Cone Sul.
Durante os sete anos em que comandou o país, estima-se que a Junta Militar e seus órgãos de repressão
tenham assassinado cerca de trinta mil opositores, entre militantes de esquerda e cidadãos críticos ao governo.
Segundo o discurso das Forças Armadas e dos setores civis que as apoiavam, era preciso travar uma guerra
contra a subversão, podendo até mesmo o ensino de matemática moderna ou gêneros musicais como Rock'n
roll serem considerados ameaçadores à juventude. Os militares argentinos, assim como em várias outras
ditaduras da região, procuravam justificar seus atos pela chamada Doutrina de Segurança Nacional (DSN).
Com base nos conhecimentos acerca da História da América Latina Contemporânea, responda aos itens a
seguir.
a) Indique quais países do Cone Sul viveram sob ditaduras militares nos anos de 1960-1980.
b) Explique no que consistia a Doutrina de Segurança Nacional e contextualize o ciclo de ditaduras
latino-americanas desse período.