A estratégia da penetração para o sertão, se foi amplamente
aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na prática da con-
versão jesuítica. (...) Embora por razões opostas, tanto as incursões
dos jesuítas, tímidas é verdade, não se embrenhando muito além
do núcleo piratiningano, como as bandeiras e as entradas dos
colonos tinham um mesmo objetivo: o índio.
(Amílcar Torrão Filho, 4 cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação
“de São Paulo de Piratininga. Revista USP São Paulo, n.º 63, 2004)
O fragmento apresenta parte das condições que originaram
(A) a guerra travada entre a Igreja Católica, a favor da escra-
vização indígena, e os colonos paulistas, defensores do
trabalho livre.
(B) o conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão
de obra indígena, presente no entorno de São Paulo.
(C) a leitura, com forte viés ideológico, que considerava
desnecessária a exagerada violência dos jesuítas contra
os povos indígenas
(D) o desvínculo econômico de São Paulo com o resto da
colônia, diante da impossibilidade de exploração da mão
de obra indígena.
(E) o fracasso das missões religiosas em São Paulo, pois
coube apenas ao Estado português o controle direto dos
indígenas.