A proclamação da República não é um ato fortuito, nem
obra do acaso, como chegaram a insinuar os monarquistas;
não é tampouco o fruto inesperado de uma parada militar.
Os militares não foram meros instrumentos dos civis, nem foi
um ato de indisciplina que os levou a liderar o movimento
da manhã de 15 de novembro, como tem sido dito às vezes.
Alguns deles tinham sólidas convicções republicanas e já vi-
nham conspirando há algum tempo [...]. Imbuídos de ideias
republicanas, estavam convencidos de que resolveriam os
problemas brasileiros liguidando a Monarquia e instalando
a República.
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república, 1987.)
O texto identifica a proclamação da República como resul-
tado
(A) da unidade dos militares, que agiram de forma coerente
e constante na luta contra o poder civil que prevalecia
durante o Império.
(B) da fragilidade do comando exercido pelo Imperador fren-
te às rebeliões republicanas que agitaram o país nas últi-
mas décadas do Império.
(C) de um projeto militar de assumir o comando do Estado
brasileiro e implantar uma ditadura armada, afastando os
civis da vida política.
(D) da disseminação de ideais republicanos e salvacionistas
nos meios militares, que articularam a ação de derrubada
da Monarquia.
(E) de uma conspiração de civis, que recorreram aos milita-
tes para derrubar a Monarquia e assumir o controle do
Estado brasileiro.