Tratava-se agora de construir um ritmo novo.
Para tanto, era necessário convocar todas as forças
vivas da Nação, todos os homens que, com vontade
de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer,
num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande
convocação que conclamava o povo para a gigantesca
tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da
imensa pátria os trabalhadores: os homens simples
e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos
de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo
de burro, em paus-de-arara, por todas as formas
possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de
esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres
e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias;
foram chegando de tantos povoados, tantas cidades
cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus
ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria...
Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. Ill — A chegada
dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
No texto, a narrativa produzida sobre a construção
de Brasília articula os elementos políticos e
socioeconômicos indicados, respectivamente, em:
OQ Apelo simbólico e migração inter-regional.
O Organização sindical e expansão do capital.
O Segurança territorial e estabilidade financeira.
@® Consenso partidário e modernização rodoviária.
@ Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.