No início de 2011, o mundo assistiu apreensivo e esperançoso ao sopro de inconformismo no
mundo árabe. Manifestantes contaram com a ajuda, em graus a serem precisados, de componentes
cada vez mais comuns em situações desse tipo: a internet e o telefone celular. Na Tunisia, ativistas
utilizaram Twitter e Facebook para organizar protestos. No Egito, blogs e também as redes sociais.
Os episódios reaquecem o debate sobre qual é, afinal, o potencial dessas tecnologias quando o
assunto é ativismo político e opõem dois grupos de analistas: os ciberutópicos, que acham que
blogs e celulares tudo podem, e os cibercéticos, que pensam o contrário. À revolução pode não
ser tuitada, no sentido de que um Twitter só não faz a revolução. Mas as que acontecerem no
século XXI, é certo, passarão pelo Twitter e similares.
Adaptado de http://veja.abril.com.br, 26/01/2011
A reportagem apresenta uma reflexão acerca das possibilidades e limitações do uso das
novas tecnologias no ativismo político no mundo atual.
As limitações existentes para o emprego dessas tecnologias são justificadas basicamente pela:
(AJ disparidade regional quanto aos níveis de alfabetização
(B) hierarquização social relativa ao acesso às redes virtuais
(C) censura da mídia em função do intervencionismo governamental
(D) dispersão populacional devido às grandes extensões territoriais