Na Europa, as forças reacionárias que compunham a
Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação po-
lítica das colônias ibéricas na América. [...] Todavia, o novo
Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa
Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-minis-
tro do rei Jorge IV. [...] Canning acabaria por convencer o
governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825.
Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico
dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da
Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não interven-
ção europeia na América.
(IImar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
(A) a restauração das monarquias absolutistas no continen-
te europeu, a industrialização dos Estados Unidos e a
constituição da Federação dos Estados Independentes
da América Latina.
(B) a influência da Igreja católica nos assuntos políticos eu-
ropeus, o controle britânico dos mares depois do Ato de
Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos
sobre o Brasil.
O
a disposição europeia de recolonização da América, o
Bloqueio Continental determinado pela França e os acor-
dos de livre-comércio do Brasil com os países hispano-
-americanos.
o
a penetração dos industrializados britânicos nos merca-
dos europeus, a tolerância portuguesa em relação ao
emancipacionismo brasileiro e a independência política
dos Estados Unidos.
(E) a reorganização da Europa continental depois do período
de domínio napoleônico, os processos de independência
na América e a ampliação do controle comercial mundial
nela Inalaterra.