O fato é que a imagem pública de D. Pedro viajava por meio de
seus objetos e de suas coleções. E desse conjunto de coleções
talvez a mais emblemática seja aquela que constou no seu “mu-
seu” e que acabou ganhando vida, em separado. [...]
Não por coincidência, nesse mesmo momento o monarca fa-
zia todo um projeto em que elevava sua imagem, como grande
representante desta nação. E era por meio das artes, da ciên-
cia, da educação, da história ou da geografia que o monarca
fazia jus à ideia de que centralizava a nação. [...] Tendo em
mente essa representação de Pedro Il, cunhada pessoal e pu-
blicamente, pretendeu-se, pois, refletir sobre as coleções parti-
culares do monarca — entre objetos de mineralogia, múmias ou
fotografias — mas que eram também públicas, mostrando como,
na verdade, essa divisão, no caso da realeza, pouco se verifica.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; DANTAS, Regina. O Museu do Imperador: quando
colecionar é representar a nação. Revista do IEB, São Paulo, n. 46, fev. 2008,
p. 154.
Museu Nacional em 2 de setembro de 2018, onde estava
depositada grande parte das coleções de D. Pedro ll.
Folha de Londrina.
Com base no texto e na imagem, responda aos itens a seguir.
a) De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o Brasil no século XIX, que imagem de si, como chefe
da nação, D. Pedro Il buscou projetar por meio de suas coleções? Cite, ao menos, dois elementos que
justifiquem sua resposta.
b) A partir das informações presentes no texto e com base na imagem, quais patrimônios históricos foram
atingidos pelo incêndio que assolou o Museu Nacional em 20189? Cite, ao menos, dois exemplos.