“Getúlio Vargas tomou posse a 31 de janeiro de 1951. A UDN [União
Democrática Nacional| tentou sem êxito impugnar sua eleição, alegando
que só poderia ser considerado vencedor o candidato que obtivesse
maioria absoluta, ou seja, metade mais um dos votos. Essa exigência
não existia na legislação da época. Desse modo, os liberais punham a
nu suas contradições”.
Boris Fausto. História do Brasil. 13º ed. São Paulo: EDUSP, 2009, p.406
Considerando o contexto de tensões e acirramentos políticos que marcaram o
segundo governo Vargas (1951-1954), assinale a alternativa que melhor explique,
ao longo do governo, as contradições dos grupos oposicionistas liberais, citadas
no trecho acima.
a) Conseguiram desestabilizar a base política do governo, contribuindo para
a morte de Vargas. Após esse acontecimento, radicalizaram suas posições
nacionalistas, causando a crise das relações com os Estados Unidos.
b) Rejeitaram a proposta de um pacto político, lançado pelo governo, para
solucionar a crise. A partir daí, defenderam a convocação de eleições gerais
e o impedimento do presidente.
c) Aliaram-se à elite nacionalista, na defesa do monopólio estatal de setores
estratégicos, como o de energia. Com 1sso, contribuiram para o desequilíbrio
das relações com os Estados Unidos e países da Europa.
d) Na figura de Carlos Lacerda, acirraram as oposições ao governo, defendendo
abertamente um golpe contra o presidente. Fracassada essa tentativa,
uniram-se às Forças Armadas na defesa da legalidade constitucional.
e) Defensores, em princípio, da legalidade democrática, não venceram nas
eleições presidenciais. A partir daí, passaram a contestar os resultados
eleitorais ou apelar para a intervenção das Forças Armadas.