Texto III
Respirando os ares da modernidade literária, a
estética simbolista revela-se uma reação artística à
referencialidade que violentamente restringe a
palavra poética ao mundo das coisas e conceitos. No
intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo
explora diversos recursos sensoriais a fim de sugerir
mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens
escreve muitos textos que apelam para o símbolo
visual, a imagem, carregado de insinuações de
misticismo e morte.
Marque a alternativa cujos versos se
relacionam ao comentário acima.
O Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
O Quando Ismalia enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
O Encontrei-te. Era o mês... Que importa o
[més? agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou
[marco,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o
[sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava
esparso.
O Lua eterna que não tiveste fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
O Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh'alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.