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Questão Original (utilizada como base da comparação)

(UECE - 2023)Número Original: 35Código: 12798190

Um - Segunda Fase - Conhecimentos Específicos - Segundo Dia - Prova 1 - Filosofia e Sociologia

Brasil.b Debates sociológicos sobre o mito da democracia racial no Brasil e as mudanças de concepção sofre a formação da nação brasileira na Constituição de 1988 .f
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Questão de Vestibular - UECE 2023
Questão de Vestibular - UECE 2023
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Para Gilberto Freyre, a miscigenação que ocorreu desde o início do processo de colonização do Brasil corrigiu, ao longo do tempo, a distância social entre os brancos conquistadores e senhores de engenho e os indígenas e os negros escravizados. São dois polos, duas classes ou dois grupos sociais antagônicos de dominantes-dominados, mas que teriam sido aproximados na formação da sociedade brasileira pela mestiçagem. É aqui que se fundamenta o mito da democracia racial. Segundo Freyre, os mestiços desde a colonização brasileira ocasionaram efeitos sociais que equilibraram diferenças e desigualdades. E foram, principalmente, a mulher índia, a negra-mina e depois a mulata, aponta Freyre, as categorias de mulheres que agiram poderosamente no sentido dessa “democratização social no Brasil”. Faltou a Freyre, todavia, ressaltar que essas mulheres estavam, em grande maioria, na condição de escravizadas ou subalternizadas na relação com seus senhores e donos e foi assim que conceberam a mestiçagem na história brasileira. Essa concepção mitológica foi fortalecida pelos séculos de dominação patriarcalista e branca sobre indígenas, negros e mestiços. Trata-se de um mito ou uma ideologia que persiste sem maior reflexão, conhecimento histórico, consciência crítica e tanto disfarça a existência do racismo na sociedade brasileira contemporânea como não contribui para o debate público das lutas políticas e sociais dos movimentos negros e dos povos tradicionais indígenas. A partir do exposto, é correto afirmar que A) diferentemente da sociedade norte-americana, a formação social brasileira é oriunda de três raças que contribuíram para uma luta étnico-racial equilibrada. B) para Freyre, as mulheres negras e as indígenas eram valorosas e resistiram aos antagonismos estabelecidos pelo domínio da sociedade patriarcal branca. C) a dominação patriarcal e branca na história brasileira explica a força ideológica de mitos como o da democracia racial, que se difunde irrefletidamente. D) tal mito, na verdade, esconde um equilíbrio histórico entre as raças e demonstra que já não somos mais negros, índios ou brancos, mas, sim, mestiços.


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Questão de Vestibular - UFU 2021
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“A construção da nação brasileira está estruturada, dentre outras coisas, a partir do mito da democracia racial. Uma parcela expressiva da sociedade brasileira compartilha a crença de ter construído uma nação diferentemente dos Estados Unidos e da África do Sul, por exemplo, não caracterizada por conflitos raciais abertos. [...] Para os que imaginam e advogam a singularidade paradisíaca brasileira, isto significa dizer que o critério racial jamais foi relevante para definir as chances de qualquer pessoa no Brasil. Em outras palavras, ainda é fortemente difundida no Brasil a crença de que a cultura brasileira antecipa a possibilidade de um mundo sem raças.” BERNARDINO, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Estud. afro-asiát. 24 (2), 2002, pp. 247-273. O texto acima, ao realizar uma crítica à “democracia racial”, aponta para uma mudança na concepção de nação brasileira, consagrada na Constituição de 1988, que envolve a A) apologia à miscigenação como forma de combater o racismo e garantir a unidade nacional. B) admissão da categoria “raça” pelo Estado com o objetivo de estabelecer o fim das leis raciais. C) definição do Estado brasileiro como pluriétnico, que aceita e resguarda a existência das diferenças culturais. D) negação dos conflitos raciais como forma de garantir a justiça social e o acesso à cidadania.


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