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Quando Bemal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, ficou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos olhos era real”. Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado. O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber, a) a superioridade cultural dos nativos ameri relação aos europeus. b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre conquistadores e conquistados. c) a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos americanos. d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus. e) a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola. jos em

Por sua beleza, o girassol foi levado da América hispâni- ca pelos [...] espanhóis para a Europa no século XVI para ser cultivado para fins ornamentais. Do Velho Mundo, é possível que a planta tenha sido trazida para o Brasil antes do que se supõe. [...] Marinheiros portugueses, durante suas idas e vin- das pelo Atlântico, podem ter sido os protagonistas acidentais de sua introdução no país. [...] Até os próprios holandeses não são descartados como responsáveis por transpor a plan- ta para o além-mar. (Eduardo Geraque. “A flora do Brasil sob o olhar holandês”. Pesquisa Fapesp, maio de 2022.) A história do girassol sintetiza, em certa medida, (A) a existência de um mesmo padrão de dominação econô- mica e social da América pelos governos e metrópoles do antigo sistema colonial. (B) a predominância cultural e tecnológica europeia sobre os povos pré-colombianos e autóctones no antigo sistema colonial. (C) a ausência de dominação política e social dos povos e dos Estados europeus sobre a América no antigo sistema colonial. (D) a irrelevância da cultura africana e asiática para o funcio- namento e a dinâmica do antigo sistema colonial. (E) a relação econômica e política entre países europeus e continentes no período do antigo sistema colonial.

A colonização espanhola nas Américas foi marcada pela construção de um complexo sistema administrativo e político. Foram criados quatro vice- reinados - Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha, e quatro capitanias - Chile, Cuba, Guatemala, Venezuela. Além disso, havia um órgão geral, o Conselho Real e Supremo das Índias. A colonização permitiu à Metrópole extrair uma quantidade enorme de riquezas, a partir da exploração do trabalho dos habitantes origi- nais, bem como de trabalhadores trazidos da África, na condição de escravizados. Foste, THE TIMES Atlas of the World History, Londres: Tirses Books, 1990. p. 36% Sobre a colonização espanhola nas Américas é incorreto afirmar que: A) Foi marcada por intensos conflitos entre os colonizadores e os diversos povos originários, com a dizimação de vários po- vos, seja pela guerra, conquista ou epidemias. B) Uma das formas de exploração do trabalho era a encomi- enda, caracterizada pela exploração de um grupo ou comu- nidade indígena por um colono. Em troca, o colono deveria catequizar o grupo e pagar tributos à metrópole. C) Em parte das colônias espanholas nas Américas, foi utili- zado o trabalho escravo de africanos, como em Cuba, onde as populações originárias foram exterminadas. D) A base da exploração econômica eram as seguintes ativida- des: mineração, principalmente de prata e ouro; agricultura exportadora, principalmente de cana de açúcar; e pecuária. E) A Metrópole respeitou as diversas culturas e religiões e ga- rantiu a liberdade de culto, sendo opcional à adesão à reli- gião católica.