“O aumento no custo de vida era agravado pela imigração,
que ampliava a oferta de mão-de-obra e acirrava a luta pelos
escassos empregos disponíveis. Tal situação constituiu o
combustível para o movimento jacobino, que principiou no
governo Floriano e perdurou até o fim da presidência de
Prudente de Morais (1898). [...] Em termos concretos, a
prevenção republicana contra pobres e negros manifestou-se
na perseguição movida por Sampaio Ferraz contra os
capoeiras, na luta contra os bicheiros, na destruição, pelo
prefeito florianista Barata Ribeiro, do mais famoso cortiço do
Rio, o Cabeça de Porco, em 1892. [...] Não seria, a meu ver,
exagerado supor que a reação popular a certas medidas da
administração republicana, mesmo que teoricamente
benéficas, como a vacina obrigatória, tenha sido em parte
alicerçada na antipatia pelo novo regime.”
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que
não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 21 e 30-31.
Sobe as temáticas abordadas, assinale a alternativa
CORRETA.
a) A capital brasileira crescia desordenadamente,
instalando a grande diversidade étnica no Brasil, com a
vinda de imigrantes europeus e o convívio com a
população negra livre.
b) As doenças se proliferavam e, por isso, foi
preocupação da recém proclamada República cuidar
dos pobres, promovendo campanhas de vacinação, que
não foram compreendidas pelas camadas menos
escolarizadas da população.
c) À medida que chegavam indivíduos dos países
europeus para trabalho no campo e nas cidades, a
população negra padecia com a falta de trabalho e com
o alto grau de marginalização ocasionado pela falta de
oportunidades.
d) Os jacobinos eram militantes e ex-voluntários dos
batalhões patrióticos do período Floriano, reconhecidos
como legalistas, e foram pacificadores desse cenário
político.
e) As reações populares às medidas da administração
republicana foram exageradas, pois eram medidas
benéficas à população em geral.