Estima-se que, entre os italianos, 30% dos que
desembarcaram em Santos tiveram como destino a vida
urbana, e 70%, o campo. O caso paulista é sem dúvida o
mais significativo: estima-se que, em 1920, 35% dos
habitantes da capital haviam nascido no exterior e que, em
1934, imigrantes e filhos nascidos no Brasil representavam
50% da população paulista. Italianos, espanhóis e
portugueses, e mesmo correntes menos numerosas, como a
dos poloneses, passaram a engrossar, em São Paulo, as
fileiras do proletariado e do comércio, no qual a presença
imigrante era notável.
NOVAIS, Fernando A. (coord.) é SEVECENKO, Nicolau (org.).
História da vida privada no Brasil. Vol. 3. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998. p. 286. Adaptado.
A imigração representou um fator significativo para o
crescimento da população brasileira entre o final do século
XIX e as primeiras décadas do século XX. Parte dos
imigrantes teve como destino as cidades. A escolha de
imigrar para as cidades brasileiras relaciona-se
a) à rejeição ao isolamento típico do campo brasileiro
entre o final do século XIX e o início do século XX.
b) à estratégia do governo brasileiro, durante as primeiras
décadas da República, de aumentar a população
urbana.
c) à forte expansão da indústria siderúrgica, que resultou
em maior oferta de ocupação nas cidades, nas duas
primeiras décadas do século XX.
d) aos confrontos entre brasileiros e estrangeiros na área
rural, o que favorecia a opção majoritária dos
imigrantes pelas cidades.
e) à experiência de vida e às atividades no ambiente
urbano no país de origem de parcela dos imigrantes.