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1(UNICAMP- SP - 2016)Número Original: 82Código: 6387742

Primeira Fase - Prova Q e Z

Textos Literários em Verso (Interpretação de textos) Figuras de Linguagem
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Questão de Vestibular - UNICAMP 2016
Questão de Vestibular - UNICAMP 2016
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Leia o poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó marl Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu (Disponível em http://www jornaldepoesia jor brifpesso03. html.) No poema, a apóstrofe, uma figura de linguagem, indica que o enunciador a) convoca o mar a refletir sobre a história das navegações portuguesas. b) apresenta o mar como responsável pelo sofrimento do povo português. c) revela ao mar sua crítica às ações portuguesas no período das navegações. d) projeta no mar sua tristeza com as consequências das conquistas de Portugal


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     A     
     B     
     C     
     D     
     E     




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2(UNICAMP - 2021)Número Original: 7Código: 9157279

Segunda Fase - Primeiro Dia

Textos Literários em Verso (Interpretação de textos)
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Questão de Vestibular - UNICAMP 2021
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Durante anos, Penélope esperou que seu marido, Ulisses, retornasse da Guerra de Troia (IX e Vlla.C.). Essa viagem é o tema da Odisseia, poema épico grego atribuído a Homero. Como os anos passavam e não havia notícias de Ulisses, o pai de Penélope sugeriu que ela se casasse novamente. Diante da insistência do pai, resolveu aceitar a corte dos pretendentes, com a condição de que o novo casamento somente aconteceria depois que ela terminasse de tecer um sudário, que ficou conhecido como “Tela de Penélope”, que serviria de mortalha para Laerte, pai de Ulisses. Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia, e à noite, secretamente, desmanchava todo o trabalho. Com esse artifício, adiava a escolha de outro marido até a volta de Ulisses. (Adaptado de Penélope, Wikipedia. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Pen%C3%A9lope. Acessado em 09/01/2021.) Penélope (1) De dia, tramas, de noite, traças. O que o dia tece a noite esquece. De dia, sedas, de noite, perdas. O que o dia traça a noite esgarça. De dia, malhas, de noite, falhas (Ana Martins Marques, A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009, p. 105.) a) (Como as palavras “traça” (na segunda estrofe) e “traças” (na terceira estrofe) constroem uma relação antitética no poema? b) No poema, a palavra “tramas” remete a Penélope por duas razões. Quais são elas? Explique.


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3(UNICAMP- SP - 2011)Número Original: 3Código: 4408

Segunda Fase

Figuras de Linguagem
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Questão de Vestibular - UNICAMP 2011
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os dicionários de meu pai Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. E por um bom tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas que eu o folheava à toa. Palavra puxa palavra e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo (desenfado, espairecimento, entretém, solaz, recreio, filistria). O resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo atrás da Sala Cecilia Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de percalina. Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vasculhar livrarias pais afora, sô em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda rematei o último à venda na Amazon.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, senhorio, império) de dicionários analógicos da lingua portuguesa, não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um, quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos, busanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros). Hoje sou surpreendido pelo anúncio dessa nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus baús, espalhassem aos ventos meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia. (Adaptado de Francisco Buarque de Hollanda. em Francisco F. dos S. Azevedo. Dicionário Analógico da Lingua Portuguesa: ideias afins/thesaurus. 2º edição atualizada e revista, Rio de Janeiro: Lexikon. 2010.) a) A partir do texto de Chico Buarque que introduz o dicionário analógico recentemente reeditado, proponha uma definição para esse tipo de dicionário. b) Mostre a partir de que pistas do texto sua definição foi elaborada.


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4(UNICAMP- SP - 2012)Número Original: 11Código: 4279

Segunda Fase

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Questão de Vestibular - UNICAMP 2012
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Os trechos a seguir foram extraídos de A cidade e as serras, de Eça de Queirós. Mas dentro, no peristilo, logo me surpreendeu um elevador instalado por Jacinto — apesar do 202 ter somente dois andares, e ligados por uma escadaria tão doce que nunca ofendera a asma da Sr?. D. Angelina! Espaçoso, tapetado, ele oferecia, para aquela jornada de sete segundos, confortos numerosos, um divã, uma pele de urso, um roteiro das ruas de Paris, prateleiras gradeadas com charutos e livros. Na antecâmera, onde desembarcamos, encontrei a temperatura macia e tépida duma tarde de Maio, em Guiães. Um criado, mais atento ao termômetro que um piloto à agulha, regulava destramente a boca dourada do calorífero. E perfumadores entre palmeiras, como num terraço santo de Benares, esparziam um vapor, aromatizando e salutarmente umedecendo aquele ar delicado e superfino. Eu murmurei, nas profundidades do meu assombrado ser: — Eis a Civilização! — Meus amigos, há uma desgraça... Dornan pulou na cadeira: — Fogo? — Não, não era fogo. Fora o elevador dos pratos que inesperadamente, ao subir o peixe de S. Alteza, se desarranjara, e não se movia, encalhado! (..) O Grão-Duque lá estava, debruçado sobre o poço escuro do elevador, onde mergulhara uma vela que lhe avermelhava mais a face esbraseada. Espreitei, por sobre o seu ombro real. Em baixo, na treva, sobre uma larga prancha, o peixe precioso alvejava, deitado na travessa, ainda fumegando, entre rodelas de limão. Jacinto, branco como a gravata, torturava desesperadamente a mola complicada do ascensor. Depois foi o Grão-Duque que, com os pulsos cabeludos, atirou um empuxão tremendo aos cabos em que ele rolava. Debalde! O aparelho enrijara numa inércia de bronze eterno. (Eça de Queirós, A cidade e as serras. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2006, p. 28, p. 63.) a) Levando em consideração os dois trechos, explique qual é o significado do enguiço do elevador. b) Como o desfecho do romance se relaciona com esse episódio?


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5(UNICAMP- SP - 2012)Número Original: 4Código: 4274

Segunda Fase

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Questão de Vestibular - UNICAMP 2012
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Os verbetes apresentados em (Il) a seguir trazem significados possíveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho Gramático, apresentado em (1). BICHO GRAMÁTICO Vicente Matheus (1908-1997) foi um dos personagens mais controversos do futebol brasileiro. Esteve à frente do paulista Corinthians em várias ocasiões entre 1959 e 1990. Voluntarioso e falastrão, o uso que fazia da lingua portuguesa nem sempre era aquele reconhecido pelos livros. Uma vez, querendo deixar bem claro que o craque do Timão não seria vendido ou emprestado para outro clube, afirmou que “o Sócrates é invendável e imprestável”. Em outro momento, exaltando a versatilidade dos atletas, criou uma pérola da linguística e da zoologia: “Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático”. (Adaptado de Revista de História da Biblioteca Nacional, jul. 2011, p. 85.) Invendável: que não se pode vender ou que não se vende com facilidade. Imprestável: que não tem serventia; inútil. Aquático: que vive na água ou à sua superfície. Gramático: que ou o que apresenta melhor rendimento nas corridas em pista de grama (diz-se de cavalo). (Dicionário HOUAISS (versão digital on line), houaiss.uol.com.br) a) Descreva o processo de formação das palavras invendável e imprestável e justifique a afirmação segundo a qual o uso que Vicente Matheus fazia da língua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros”. b) Explique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criou uma pérola da linguística e da zoologia”.


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