A necessária redução do tempo é melhor alcançada se
os consumidores não puderem prestar atenção ou concen-
trar o desejo por muito tempo em qualquer objeto; isto é, se
forem impacientes, impetuosos, indóceis e, acima de tudo,
facilmente instigáveis e também se facilmente perderem o
interesse. [...] A relação tradicional entre necessidades e
sua satisfação é revertida: a promessa e a esperança de sa-
tisfação precedem a necessidade que se promete satisfazer
e serão sempre mais intensas e atraentes que as necessi-
dades efetivas.
(Zygmunt Bauman. Globalização, 2021.)
A argumentação apresentada no excerto sobre o tempo do
consumo expressa ações características
(A) dos Estados e das empresas transnacionais, organi-
zações interessadas em acordos supranacionais pró-
-economia.
(B) da publicidade e do marketing, estratégias corporativas
que influenciam a nossa organização social.
(C) das instituições financeiras e das ONGs, agentes corpo-
rativos pautados pela socialização de capitais.
(D) da didática e da neurociência, elementos empregados
pelas empresas para criação de novos produtos.
(E) da ciência e da tecnologia, campos de estudo dedicados
à erradicação das diferenças socioeconômicas.