Há uma encruzilhada de três estradas sob a minha cruz de
estrelas azuis: três caminhos se cruzam — um branco, um
verde e um preto — três hastes da grande cruz/ E o branco
que veio do norte, e o verde que veio da terra, e o preto que
veio do leste derivam, num novo caminho, completam a cruz/
unidos num só, fundidos num vértice.
(Guilherme de Almeida, Raça.)
Nessa visão poética da história do povo brasileiro, o autor
(A) refere-se ao domínio europeu e à condição subalterna
dos africanos na formação da nacionalidade.
(B) trata dos seus três grupos étnicos, presentes desde a
colonização, mesclados numa síntese nacional.
(C) critica o papel desempenhado pelos jesuítas sobre por-
tugueses, índios e negros na época colonial.
(D) expressa idéias e formas estéticas do movimento român-
tico do século XIX, que enaltecia a cultura negra.
(E) elogia o movimento nacionalista que resultou na implan-
tação de regimes políticos autoritários no Brasil.