O principal foco de críticas era a entrega de 3 164 km? que
seriam cedidos à Bolívia em troca dos cerca de 200 mil do
Acre. Como o ministro Rio Branco não podia arguir a simples
matemática dessa troca, que na boca do chanceler brasileiro
seria ofensiva aos bolivianos, por meio de um pseudônimo, es-
creveu na imprensa um artigo de defesa do tratado: “Durante
sessenta anos do regime passado, o território nacional não
teve aumento algum. Sofremos até, pelo Tratado de 27 de
agosto de 1828, a desagregação da Província Cisplatina, a
perda de 187000 km?, extensão territorial quase equivalente
à que pelo Tratado de Petrópolis vamos agora incluir dentro
dos limites do Brasil.”
(Luís Cláudio Villafafie G. Santos.
O evangelho do Barão, 2012. Adaptado.)
Considerando o excerto e conhecimentos sobre a incorporação
do Acre ao território brasileiro, pode-se afirmar que
(A) as populações dos territórios em disputa permaneceram
alheias às pendências interestatais.
(B) a área em litígio estava inexplorada na época do ponto de
vista das atividades econômicas.
(C) o governo republicano brasileiro procurou reproduzir a
mesma eficácia da política externa da monarquia.
(D) a questão restringiu-se às discussões entre os Estados
republicanos da Bolívia e do Brasil.
(E) as negociações ocorreram em meio a defesas de interes-
ses nacionalistas dentro e fora do pais.