Recentemente, a imprensa de todo o país e do exterior provocou grande alvoroço, ao alertar sobre possíveis
casos de adulteração da carne que chega ao consumidor, incluindo processos de camuflagem desses produtos
para disfarçar aspectos físicos que denunciariam o estado de deterioração. Diante desse alerta, quais são os
principais riscos à saúde humana associados ao consumo de carne deteriorada?
a)
Os ovos dos microrganismos responsáveis pela decomposição da carne, ao serem ingeridos pelos seres
humanos, podem migrar pela corrente sanguínea e se alojar no cérebro, podendo provocar dores de
cabeça, convulsões, confusão mental e até a morte.
Microrganismos presentes na carne em decomposição podem causar infecções, entre as quais a
hanseníase, doença altamente contagiosa, que pode afetar os nervos periféricos, diminuindo a
sensibilidade da pele, como a capacidade de detectar o toque, a dor, o calor e o frio, de modo que as
pessoas infectadas podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem perceber.
Ao serem ingeridos, os microrganismos e suas toxinas presentes na carne podem causar desde uma
simples diarreia e/ou vômito (reações da intoxicação alimentar e forma de expelir partículas nocivas) até
quadros mais graves de infecções gastrointestinais, principalmente se forem provocadas por bactérias
resistentes, como as salmonelas, que, em alguns casos, podem causar lesão no tecido intestinal.
Pessoas que consomem carne deteriorada têm grande risco de desenvolver câncer, pois os tecidos da
carne nesse estado possuem células cancerosas que, ao serem ingeridas, podem infectar as células
saudáveis do trato digestório humano, causando a multiplicação desordenada dessas células e o
surgimento de tumores.
Nessas condições a carne não serve mais como fonte de nutrientes, pois esses foram consumidos pelos
microrganismos decompositores, sendo assim, a carne deixa de ter valor nutricional, podendo levar ao
estado de desnutrição das pessoas que a consomem.