O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e
com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é
a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e
coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçando-
os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são
contrárias a nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
(A) internalizar os princípios morais, objetivando a satisfação da vontade individual.
aderir à organização política, almejando o estabelecimento do despotismo.
assegurar o exercício do poder, com o resgate da sua autonomia.
(C) aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o fortalecimento da Igreja.
(E) obter a situação de paz, com a garantia legal do seu bem-estar.