As estatísticas mais recentes do Brasil rural revelam
um paradoxo que interessa a toda sociedade: o emprego
de natureza agrícola definha em praticamente todo o país,
mas a população residente no campo voltou a crescer; ou
pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados sugerem
que a dinâmica agrícola, embora fundamental, já não
determina sozinha os rumos da demografia no campo.
Esse novo cenário é explicado em parte pelo incremento
do emprego não agrícola no campo. Ao mesmo tempo,
aumentou a massa de desempregados, inativos e
aposentados que mantêm residência rural.
SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro. Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001.
Sobre o espaço brasileiro, o texto apresenta argumentos
que refletem a
heterogeneidade do modo de vida agrário.
redução do fluxo populacional nas cidades.
correlação entre força de trabalho e migração sazonal.
indissociabilidade entre local de moradia e acesso à
renda.
desregulamentação das propriedades nas zonas de
fronteira.
O OVO