[...] A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos “dóceis”. A disciplina aumenta as forças do corpo (em
termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência). Em uma palavra: ela
dissocia o poder do corpo; faz dele por um lado uma “aptidão”, uma 'capacidade' que ela procura aumentar; e inverte por outro
lado a energia, a potência que poderia resultar disso, e faz dela uma relação de sujeição estrita.
(FOUCAULT, M. Os corpos dóceis. In: FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Trad. Ligia M. P. Vassalo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 127.)
Com base na passagem acima e tendo em vista a totalidade do texto do qual ela foi extraída, como podemos definir o
conceito de Foucault de “corpos dóceis” e qual o papel da “disciplina” na produção desses corpos?