Não é mais o templo que distingue a cidade medieval da
cidade antiga, porque muitas vezes ou o templo foi reutili-
zado como igreja, ou então a igreja cristã foi construída
sobre o local do templo. Com a igreja, um elemento funda-
mentalmente novo sobreveio. Os sinos aparecem e se ins-
talam no século VIl no Ocidente. Eles serão ponto de refe-
rência na cidade; em particular na Itália, onde o sino muitas
vezes é instalado não no corpo do monumento, mas numa
torre especial: o campanário.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.)
O historiador descreve o surgimento da cidade medieval,
assinalando, como um dos seus aspectos fundamentais,
(A) o florescimento das atividades econômicas nos pontos
de encontro de diversas rotas de comércio.
(B) a autonomia política conquistada por meio de um pro-
cesso de luta contra o senhor feudal e a Igreja.
(C) a onipresença de um poder religioso visível e controlador
da existência cotidiana da população.
(D) a reorganização do espaço urbano com vistas a manter a
tradicional estrutura militar da antiguidade.
(E) o deslocamento da população da cidade para as comu-
nidades de religiosos nos mosteiros.