A refilmagem, deste ano, do clássico
personagem “Coringa” provocou discussões sobre
seus significados no plano sociopolítico. Analisando
as várias versões inspiradas no HQ da DC Comics,
mg se Fabrício Moraes
descreve o Coringa
como o id, o impulso
destrutivo e caótico,
mas também criativo e
artístico. Batman seria o
superego, o juiz punitivo e ordenador da cidade, o
arquétipo do guardião que afronta e interpõe limites
a um território. O Coringa seria a face da comédia,
Batman não se livra da face da tragédia. Neste
sentido, o filme Coringa nos mostraria que o aspecto
lúdico só tem pleno sentido se coexiste com a vida
da sobriedade. Coringa e Batman são indissociáveis.
Ver: MORAES, Fabrício. “Coringa”: A raiva de Caliban por se
ver no espelho. In Revista Amálgama. Disponível em:
https://www.revistaamalgama.com.br/10/2019/resenha-
coringa/. 2019.
Considerando a analise acima, é correto dizer que
esta amparada teoricamente
A) na noção estético-moral de Nietzsche em O
nascimento da tragédia, onde ordem e caos se
equilibram e fazem nascer o humano: Coringa e
Batman são indissociáveis como Dionísio
(loucura) e Apolo (razao).
B) na teoria politica marxista, que concebe as
relações sociais mascaradas pela ideologia de
classe, o que necessariamente provoca o
conflito social: Coringa e Batman são
representações da luta de classes.
C) na definição de arte dos filósofos gregos como
Aristóteles, cuja ideia fundamental era a de
mimesis, ou seja, de imitação ou representação
da realidade: Coringa e Batman são
representações do ser e do não ser.
D) na concepção moral agostiniana, na qual o bem
e o mal, o pecado e a graça, a cidade dos
homens e a cidade de Deus coabitam no
interior de cada indivíduo: Coringa e Batman
são representações dessa contradição.