As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas
na noite do último domingo, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas
e espécimes raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhões
de peças os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda
não haviam sido respondidas —ou sequer feitas— por pesquisadores
brasileiros. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas
ancestrais, de linguas que não existem mais no mundo.
Uma das maiores preocupações é com o material coletado no sítio
arqueológico de Lagoa Santa, no Estado de Minas Gerais, considerado de
fundamental importância para entender as origens dos povos americanos
pré-históricos. O museu abrigava o maior acervo do mundo coletado no
Estado: são cerca de 200 indivíduos fossilizados que integram o que os
pesquisadores chamam de “o grupo de Luzia”, em referência ao nome
dado ao mais antigo esqueleto já encontrado nas Américas, descoberto
em 19/4, e com idade aproximada de 11.500 anos.
A ciência perdida no incêndio do Museu Nacional (Adaptado) https://brasil.elpais.com/
brasil/2018/09/05/politica/1536160858 009887.html - Acessado em 15/09/2018
Sobre o incêndio que destruiu o Museu Nacional e a importância do fóssil Luzia,
é correto afirmar que
a) a maior parte do acervo foi destruída de forma irrecuperável, assim,
apaga-se uma parte da história brasileira. Luzia, fóssil humano mais antigo
da América, possibilitou a construção de uma teoria alternativa para o
povoamento do continente, pois apresenta traços negroides e aponta para a
possibilidade de duas correntes migratórias vindas pelo estreito de Bering.
b) a destruição do acervo foi parcial e muito provavelmente será recuperada
ao longo dos próximos anos. Luzia, fóssil humano mais antigo da América,
possibilitou a construção de uma teoria alternativa para o povoamento do
continente, pois apresenta traços negroides e aponta para a possibilidade
de duas correntes migratórias vindas pelo estreito de Bering.
c) amaior parte do acervo foi destruída de forma irrecuperável, assim, apaga-se
uma parte da história brasileira. Luzia, fóssil humano mais antigo do mundo,
possibilitou a construção de uma teoria alternativa para o povoamento do
continente, pois apresenta traços mongoloides e aponta para a possibilidade
de duas correntes migratórias vindas pelo estreito de Bering.
d) cerca de 90 % do acervo foi totalmente destruído, inviabilizando o avanço
de pesquisas sobre parte da história brasileira. Walter Neves, biólogo da USP
que pesquisou o fóssil Luzia, desenvolveu uma nova teoria do povoamento
da América onde indica uma única corrente migratória com populações de
traços negroides.
e) cerca de 90 % do acervo, mesmo com um incêndio de tal proporção, foi
salvo ou recuperado. Assim, a pesquisa sobre o passado brasileiro não será
prejudicada. Walter Neves, biólogo da USP, que pesquisou o fóssil Luzia,
desenvolveu uma nova teoria do povoamento da América onde indica duas
correntes migratórias vindas pelo estreito de Bering, uma de populações
com traços negroides e outra com traços mongoloides.