Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma
abrigando sua “família”, e as mais perfeitas, com efeito, as
mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais
abundantes recursos convergiam para a instituição monásti-
ca, levando-a aos postos avançados do progresso cultural;
do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de um
projeto de perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente
medido.
(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França feudal”.
História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)
A caracterização do mosteiro medieval como uma “casa”, um
“posto avançado do progresso cultural” e um “projeto de per-
feição” pode ser explicada pela disposição monástica de
(A) valorizar a vida privada, participar ativamente da vida po-
lítica e combater o mal.
(B) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador
durante sua estada no mundo dos vivos.
(C) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estu-
dar e combater a desordem do mundo.
(D) identificar-se com as condições de privação por que pas-
savam as famílias pobres, celebrar a tradição escolástica
e agir de forma ética.
(E) reconhecer a humanidade como solidária e unida num
esforço de salvação da alma dos fiéis e dos infiéis.