No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu
há 150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do
Brasil. Conforme ilustra a figura a seguir, esse animal
apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e
costelas, e membros anteriores e posteriores reduzidos (a
seta indica a região ampliada no canto inferior esquerdo).
Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início
sobre a posição que esse animal deveria ocupar na árvore
da vida.
(David M. Martill e outros, A four-legged snake from the Early Cretaceous of
Gondwana. Science, Nova lorque, v. 349, fasc. 6246, p. 416-419, jul. 2015.)
Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e
as serpentes (seres ápodes) que vivem atualmente têm um
ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na
figura
a) não pode pertencer à linhagem evolutiva das
serpentes, pois a perda dos membros anteriores e
posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a
evolução resulta apenas em melhoria dos organismos.
b) não pode pertencer à linhagem evolutiva das
serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz de
gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser
vivo, como a perda de membros anteriores e
posteriores.
c) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes,
sendo que seu ancestral comum com os lagartos
possuía membros, depois perdidos por processos
evolutivos, originando as serpentes ápodas atuais.
d) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das
serpentes que não utilizavam seus membros com tanta
frequência sofreram atrofia desses membros, deixando
de transferir tal característica para seus descendentes.