Como regime social, o fascismo social pode coexistir com a
democracia política liberal. Em vez de sacrificar a
democracia às exigências do capitalismo global, trivializa a
democracia até o ponto de não ser necessário sacrificá-la
para promover o capitalismo. Trata-se, pois, de um
fascismo pluralista e, por isso, de uma forma de fascismo
que nunca existiu. Podemos estar entrando num período
em que as sociedades são politicamente democráticas e
socialmente fascistas.
(Adaptado de Boaventura de Sousa Santos, Epistemologias do Sul. São Paulo:
Cortez, 2010, p. 47.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o
assunto, a coexistência entre fascismo e democracia é
a) facilitada por processos eleitorais que dão
continuidade a fascismos que sempre existiram.
b) promovida pela aceitação social que banaliza a
democracia em favor do capitalismo global.
c) dificultada por processos eleitorais que renovam a
democracia, inviabilizando os fascismos.
d) possibiltada pela aceitação social de sociedades
politicamente fascistas e socialmente democráticas.