Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões.
“Enquanto quis Fortuna que tivesse Ó vós, que Amor obriga a ser sujeitos
esperança de algum contentamento, a diversas vontades! Quando lerdes
o gosto de um suave pensamento num breve livro casos tão diversos,
me fez que seus efeitos escrevesse.
verdades puras são, e não defeitos...
Porém, temendo Amor que aviso desse E sabei que, segundo o amor tiverdes,
minha escritura a algum juízo isento, Tereis o entendimento de meus versos!”
escureceu-me o engenho com tormento,
para que seus enganos não dissesse.
(Disponivel em http://www dominiopublico.gov.bridownload/texto/bv000164 pdf. Acessado em 02/08/2016.)
a) Nos dois quartetos do soneto acima, duas divindades são contrapostas por exercerem um poder sobre
o eu lírico. Identifique as duas divindades e explique o poder que elas exercem sobre a experiência
amorosa do eu lírico.
b) Um soneto é uma composição poética composta de 14 versos. Sua forma é fixa e seus últimos versos
encerram o núcleo temático ou a ideia principal do poema. Qual é a ideia formulada nos dois últimos
versos desse soneto de Camões, levando-se em consideração o conjunto do poema?