A observação do canavial fornece, numa primeira
impressão, a imagem de um mar de cana, um todo
homogêneo no qual se distribuem os trabalhadores. Essa
visão se desfaz quando se analisa o processo de trabalho.
Na medida em que se penetra no interior das relações de
produção, descortina-se um universo submerso, pilar
básico de uma estrutura de dominação.
(Adaptado de Maria Aparecida de Moraes Silva, Errantes do fim do
século. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1999.)
A respeito das relações de trabalho nas fazendas de cana-
de-açúcar em várias regiões do Brasil, é correto afirmar
que:
a) A elevada mecanização da lavoura e as exigências
das leis trabalhistas levam os antigos cortadores de
cana a serem empregados nos setores de produção no
interior das usinas de álcool e de açúcar.
b) A expansão dos canaviais e o aumento da produção
de álcool e de açúcar permitem que os trabalhadores
permaneçam empregados durante todo o ano,
reduzindo o trabalho sazonal.
c) As usinas eliminam os pagamentos dos trabalhadores
por produtividade no corte da cana, e, com isso, os
ganhos salariais passam a ser computados apenas
pelos dias trabalhados.
d) Os trabalhadores são migrantes sazonais que se
deslocam para o trabalho manual nos canaviais e
retornam para suas antigas regiões após a colheita,
dedicando-se a atividades de subsistência.