Quando se processaram as eleições de novembro de 1932,
o país estava numa situação pior do que nunca. Todas
as “curas” do Sr Hoover não conseguiram dar vigor ao
paciente moribundo. Os trabalhadores eram assolados pelo
desemprego; os lavradores eram arrasados pela crise da agri-
cultura; a classe média tinha perdido suas economias nas
falências dos bancos e temia pela sua segurança econômica.
Em 8 de novembro de 1932 o povo americano elegeu
Franklin D. Roosevelt para presidente dos Estados Unidos.
O “New Deal” do Sr. Roosevelt foi chamado de revolução.
Era e não era. Era uma revolução quanto às ideias, mas não
na sua parte econômica.
[Leo Huberman, Histéria da riqueza dos EUA (Nós, o povo)]
Não era uma revolução econômica, pois
(A) o volume de recursos destinados à recuperação econô-
mica era pequeno e beneficiou apenas as regiões indus-
trializadas
(B) não ocorreu qualquer alteração no direito à propriedade
privada, assim como foi mantida a mesma estrutura de
classe.
(C) os operários e produtores rurais não tiveram nenhum
ganho importante, uma vez que os benefícios atingiram
exclusivamente as classes médias.
(D) os principais causadores da crise — os grandes conglo-
merados oligopolistas — foram os que mais recursos
receberam do governo americano.
(E) privilegiaram-se os investimentos diretos em agentes
econômicos tradicionais, como as grandes casas bancá-
rias e as principais corporações.