A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi condenada a pagar indenização por dano
moral coletivo de R$ 1 milhão por condições degradantes de trabalho. A condenação é
resultado da ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Umuarama (PR), ajuizada em
2012, após investigação que flagrou trabalhadores em condições análogas à escravidão [...]
No início de 2012, o MPT-PR em Umuarama constatou graves irregularidades trabalhistas na
Fazenda Jaraguá, em Iporá. Os problemas iam desde jornada excessiva e condições precárias
dos alojamentos, até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo. “A
situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os direitos
mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético
da sociedade”, afirma o procurador do Trabalho Diego Jimenez Gomes, responsável pelo caso
A BRF é uma gigante do ramo de produtos alimentícios que surgiu a partir da fusão entre Sadia
e Perdigão, além de ser detentora de marcas como Batavo, Elegê e Qualy. A empresa tem 49
fábricas em todas as regiões do País e mais de 100 mil funcionários. Em 2013, a receita líquida
foi R$ 30,5 bilhões e o lucro líquido consolidado foi de R$ 1,1 bilhão.
Portal Instituto Unisinos, 29 ago.2014. Disponivel em: http://www ihu.unisinos. brinoticias/534749.
Com base no texto e no conhecimento de geografia agrária, assinale a alternativa
correta.
a) A organização da produção agropecuária no Brasil apresenta contradições estruturais entre
as formas de organização do trabalho e as estratégias empresariais de incremento dos lucros.
b) Apenas os estados brasileiros com formas de produção no campo mais atrasadas mantém
práticas de trabalho degradantes
c) A expansão das relações capitalistas no campo e a modemização da agricultura permitiram
abandonar relações de produção pré-capitalistas.
d) A fusão de grandes empresas produtoras de alimentos implica em uma separação entre
indústria e agricultura.
e) A ausência de mão de obra capacitada para atender as novas tecnologias aplicadas à
produção agropecuária leva empresas a suprir sua demanda, utilizando trabalhadores em
condições análogas à escravidão