A poesia em si é um ato comunicativo e, no
Modernismo, este caráter ganha um olhar
essencialmente estético: poeta e poema
tornam-se sujeito e objeto no corpo da poesia.
O poeta Max Martins em sua escritura toma
posse da palavra e nela insere-se com
originalidade e modernidade, criando em sua
poética uma ambivalência de vozes onde poeta
e poema se confundem, se misturam. Com base
nesta afirmação, marque a alternativa em que
os versos demonstram essa relação.
o Sob a folhagem
a lua de lábios, as facas interditas
o subazul olhar de Lícia M. atravessando-me
O As bananeiras indecentes alvoraçando suas
pernas
amplamente às serpentes de plumas: antros
do inferno: as formações cruéis, passando:
nuvens
O caço a palavra caço-me
na palavra ato-me
à palavra
E me desato suniato-me sumo
na sombra do silêncio
da palavra?
O Isto não é um poema
ainda
é só trabalho duro, muro
de pedra e nada - a pá
nas minhas mãos vazias
O meu nome é um rio
Meu nome é um rio que perdeu seu nome
Um rio
nem sim
nem não