Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara
com Irene.
— A senhora tem um jardim deslumbrante, dona
Irene!— comenta Sílvia, maravilhada diante dos
canteiros de rosas e hortênsias.
— Para começar, deixe o “senhora” de lado e esqueça o
“dona” também — diz Irene, sorrindo. — Já é um custo
aguentar a Vera me chamando de “tia” o tempo todo.
Meu nome é Irene.
Todas sorriem. Irene prossegue:
— Agradeço os elogios para o jardim, só que vocé vai ter
de fazê-los para a Eulália, que é quem cuida das flores.
Eu sou um fracasso na jardinagem.
BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguistica. Sao Paulo:
“Context, 2003 (adaptado)
Na língua portuguesa, a escolha por “você” ou “senhor (a)”
denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver
entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima,
observa-se o emprego dessas formas. A personagem Sílvia
emprega a forma “senhora” ao se referir à Irene. Na situação
apresentada no texto, o emprego de “senhora” ao se referir à
interlocutora ocorre porque Sílvia
(A) pensa que Irene é a jardineira da casa.
(B) acredita que Irene gosta de todos que a visitam.
(C) observa que Irene e Eul:
área rural.
lia são pessoas que vivem em
(D) deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua familia
conhecer rene.
(E) considera que Irene é uma pessoa mais velha, com a
qual não tem intimidade.