Suponha que em determinado lugar haja oito casais de pás-
saros e apenas quatro pares deles procriem, por ano, somente
quatro descendentes, e que estes continuem procriando a sua
prole na mesma proporção; então, ao final de sete anos (uma
vida curta, excluindo mortes violentas, para qualquer pássaro)
haverá 2048 pássaros ao invés dos dezesseis originais. Como
este aumento é quase impossível, devemos concluir que ou
esses pássaros não criam nem metade da sua prole, ou a média
de vida de um pássaro não chega, devido a acidentes, a sete
anos. Ambas as formas de controle provavelmente ocorrem.
Esse texto está nas páginas iniciais do manuscrito de Charles
Darwin. 4 Respeito da Variação de Seres Orgânicos na Na-
tureza, lido em reunião da Sociedade Lineana, em Londres.
no dia 1.º de julho de 1858.
No texto, Darwin utiliza-se da hipótese de
(A) Malthus sobre a velocidade de crescimento das popula-
ções, e demonstra que esta hipótese está errada, pois nas
populações de animais silvestres a seleção natural impede
o crescimento populacional.
(B) Malthus sobre a velocidade de crescimento das popu-
lações, e conclui que a tendência ao crescimento expo-
nencial das populações não se aplica às populações de
animais silvestres.
(C) Malthus sobre a velocidade de crescimento das popula-
ções e conclui que, apesar da tendência ao crescimento
exponencial, fatores que causam a morte de filhotes e
adultos controlam o crescimento populacional.
(D) Hardy e Weinberg, segundo a qual o tamanho da popu-
lação mantém-se constante ao longo das gerações, uma
vez que é controlado por fatores como a morte acidental
ou não sobrevivência da prole.
(E) Hardy e Weinberg, segundo a qual, na ausência de fatores
como seleção e mutação, a população manter-se-á em
equilíbrio, uma vez que a taxa de natalidade será igual à
de mortalidade.