Uma novidade dos cientistas: Combate à dengue com
a ajuda do próprio mosquito transmissor
Para os animais, o ato sexual é o caminho para a per-
petuação da espécie. Um objetivo primordial que está se
invertendo — pelo menos para o Aedes aegypti, o mosquito
transmissor da dengue. Por meio de manipulação genética,
uma população de machos criada em laboratório recebeu
um gene modificado que codifica uma proteina letal à prole.
Quando esses machos cruzam com fêmeas normais existentes
em qualquer ambiente, transmitem o gene à prole, que morre
ainda no estágio larval. A primeira liberação na natureza des-
ses animais geneticamente modificados no Brasil foi aprova-
da em dezembro de 2010 pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio). A linhagem deverá ser liberada no
município de Juazeiro, no estado da Bahia.
(Evanildo da Silveira. Pesquisa FAPESP,
fevereiro de 2011. Adaptado.)
Sobre a notícia, pode-se afirmar corretamente que os mosquitos
(A) transgênicos liberados no ambiente irão se reproduzir e
aumentar em número, substituindo a população original.
(B) criados em laboratório, quando liberados no ambiente,
irão contribuir com a redução do tamanho populacional
das gerações seguintes.
(C) geneticamente modificados são resistentes à infecção pelo
vírus causador da dengue, o que reduz a probabilidade de
transmissão da doença.
(D) são portadores de uma mutação em um gene relacionado à
reprodução, tornando-os estéreis e incapazes de se repro-
duzirem e transmitirem a dengue.
(E) modificados produzem prole viável somente se cruzarem
com fêmeas, também modificadas, portadoras do mesmo
gene.