Depois da guerra pela independência em 1898, Cuba
se tornara um país de faz-de-conta. O
intervencionismo americano na guerra contra a
Espanha se perpetuava no século XX. O exército fora
organizado pelos Estados Unidos e controlado
através de nomeações e promoções políticas. O
presidente eleito em 1908 era funcionário da Cuban
American Co. A política era marcada pela luta de
facções das classes dominantes que acabavam em
intervenção dos marines.
SANTOS, Ana M. América Latina: dependência,
ditaduras e guerrilhas, In ZENHA, Celeste;
FERREIRA, Jorge e REIS, Daniel A. O século XX. O
tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2008, p. 75.
Dentre as medidas que institucionalizou a situação
descrita no trecho acima, destaca-se
a) a Doutrina Monroe, de 1823, que aumentava o
poder de intervenção dos EUA em Cuba, inclusive de
manter nos governos caribenhos somente governos
aceitáveis pelos EUA.
b) a Emenda Taft, direcionada especialmente para as
crises financeiras nos países do Caribe, que
legitimava que, nesses momentos, o poder político
dos EUA era soberano.
c) a Doutrina do Destino Manifesto, que pregava a
superioridade dos EUA do ponto de vista racial em
relação à América Latina e a missão de expandir sua
cultura junto aos outros povos.
d) o Corolário Roosevelt, que identificava a
civilização americana aos valores cristãos
protestantes e à valorização do conhecimento
científico acoplado à ideia de progresso.
e) a emenda Platt, aprovada em 1901 e acrescentada
à constituição cubana, que concedia aos EUA o
direito de intervenção nos assuntos cubanos como
forma de manter a estabilidade no país.