TEXTO 1
S6 reconhecerei um sistema como empirico ou cientifico
se ele for passível de comprovação pela experiência. Essas
considerações sugerem que deve ser tomada como crité-
rio de demarcação [...] a falseabilidade de um sistema. Em
outras palavras, não exigirei que um sistema científico seja
suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas,
em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica
seja tal que se torne possível validá-lo por meio de recurso
a provas empíricas, em sentido negativo: deve ser possível
refutar, pela experiência, um sistema científico empírico.
(Karl Popper. A lógica da pesquisa científica, 2001.)
TEXTO 2
Imagine um dia em que a humanidade soubesse de
tudo. Todos os detalhes do surgimento e da evolução do
Universo, da vida e da inteligência fossem conhecidos.
E aí, o que fariam os cientistas nesse dia? [...] “Essa no-
ção de que existe uma resposta final empobrece o conheci-
mento em vez de enriquecê-lo”, afirma o físico Marcelo
Gleiser. “Porque é justamente o não saber, a ideia de estar
sempre buscando, que nutre nossa curiosidade”.
(Salvador Nogueira. “Não há respostas finais na ciência, diz
Marcelo Gleiser”. www.folha.uol.com.br, 11.08.2014.)
De acordo com os textos, para assegurar a validade do
conhecimento produzido, é necessário que a ciência
(A) valorize os aspectos culturais presentes nos experimentos.
(B) divulgue e defenda o conhecimento e a sabedoria abso-
lutos obtidos com a investigação.
(C) relacione os dados sensíveis e intuitivos identificados nos
experimentos.
(D) duvide e verifique continuamente os resultados obtidos.
(E) recorra ao senso comum no processo metódico de
investigação.