Quase que simultaneamente, a onda revolucionária de
1848 explodiu e venceu (temporariamente) na França, em
toda a Itália, nos Estados alemães, na maior parte do império
dos Habsburgo e na Suíça. De forma menos aguda, a intran-
quilidade também afetou a Espanha, a Dinamarca e a Romê-
nia; de forma esporádica, a Irlanda, a Grécia e a Grã-Bretanha.
Nunca houve nada tão próximo da revolução mundial com que
sonhavam os insurretos do que esta conflagração espontânea
e geral. O que em 1789 fora o levante de uma só nação era
agora, assim parecia, “a primavera dos povos” de todo um con-
tinente.
(Eric J. Hobsbawm. A era das revoluções (1789-1848), 1988. Adaptado.)
A onda revolucionária mencionada no texto
(A) foi sepultada por um projeto restaurador das instituições
do Antigo Regime, como o absolutismo e a sociedade
estamental.
(B) congregou camponeses no combate aos cercamentos na
Grã-Bretanha e na defesa das terras comuns.
(C) enfraqueceu o movimento de unificação da Alemanha
devido ao temor das elites germânicas em relação às
demandas populares.
(D) provocou a queda do czarismo na Rússia e a formação
de um governo provisório de caráter socialista.
(E) caracterizou-se pela presença de movimentos naciona-
listas, liberais, republicanos e socialistas.