Para a América Latina, a administração Kennedy
lançou a Aliança para o Progresso, projeto que previa
reformas sociais e treinamento militar em
contrainsurgência como pilares da estratégia
estadunidense para evitar que a região seguisse o
exemplo da revolução cubana. O programa emperrou
na “ineficiência administrativa” e esbarrou em
obstáculos estruturais: extrema desigualdade social,
concentração de renda, miséria e resistência das elites
a operar mudanças. Diante desse quadro, a política
externa estadunidense rapidamente abandonaria o
essencial do plano reformista do início da
administração Kennedy para centrar-se na contenção
do comunismo por outros meios. Em cinco anos de
operação da Aliança para o Progresso, nove golpes
militares foram deflagrados contra governos civis na
região.
JOFFILY, Mariana. A política externa dos EUA, os golpes no
Brasil, no Chile e na Argentina e os direitos humanos. Topoi
(Rio de Janeiro) [on-line]. 2018. v. 19. n. 38. p. 62. Adaptado.
As disputas relacionadas à Guerra Fria extrapolaram o
conflito entre os Estados Unidos e a União Soviética,
com efeitos sobre os países da América Latina.
Durante esse período, a defesa dos interesses dos EUA
Unidos em relação à América Latina foi realizada com
o recurso a
a) ações exclusivamente políticas, mediante a
cooptação de lideranças políticas expressivas em cada
país da América Latina em defesa dos interesses dos
Estados Unidos.
b) ações que associaram o treinamento militar e
policial em operações de contrainsurgência, apoio à
abertura do mercado aos investimentos externos
privados e a golpes militares contra governos civis na
América Latina.
c) ações pautadas exclusivamente na cooperação
econômica, com a implantação de projetos
coordenados a partir do Programa da Aliança para o
Progresso, com a promoção do desenvolvimento
econômico e social.
d) ações militares para o combate do crescimento da
influência comunista, combinadas à busca pela
preservação da democracia nos países da América
Latina, como forma de expandir a influência dos
Estados Unidos.
e) ações exclusivamente econômicas que foram
mantidas apesar de obstáculos estruturais como a
extrema desigualdade social, concentração de renda,
miséria e resistência das elites a operar mudanças.