Na virada do século XIX para o XX, o Modernismo se constrói com base
em um conjunto de ideias que vinha transformando a cultura e a
sensibilidade europeias. Predominava o imaginário de ruptura e de libertação
do passado, visto como um fardo a ser abandonado. Essa percepção do
modernismo como urgência de uma demanda de tornar-se novo foi
particularmente experimentada no Brasil.
Realizada no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de
fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna assumiu o papel de
acontecimento fundador do moderno Brasileiro. Desde o início do século XX,
porém, movimentos culturais relacionados ao advento de uma sensibilidade
modernista vinham acontecendo em diversas cidades brasileiras. Ocorre que
as dinâmicas e os ritmos culturais desses lugares não necessariamente
condiziam com o perfil urbano e industrial-tecnológico de São Paulo. A
coexistência do arcaico e do moderno, marcando distintas temporalidades,
era uma realidade na vida cultural brasileira. (...) Assim, criar o “novo”
significava construir vínculos de pertencimento com o repertório das
tradições populares. O novo jamais é inteiramente novo.
(Adaptado de M. Velloso, História e Modernismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, pp. 20, 21, 28.)
a) As interpretações sobre o modernismo enquanto movimento cultural e
artístico não raro se concentram em pares de conceitos polarizados
como tradicional/moderno ou local/internacional. Identifique, para cada
conceito indicado na tabela (que aparece no espaço da resposta), um
elemento presente na imagem. Não repita elementos nas células.
Ismael Nery (Belém 1909 — Rio de Janeiro 1934),
Autorretrato, óleo sobre tela, 129 x 84 cm, 1927,
coleção particular.
b) A obra de Ismael Nery é representativa do modernismo no Brasil. Com
base na leitura do texto e na análise da imagem, identifique e analise a
distinção entre o modernismo na Europa e no Brasil.
Resolução (será considerado apenas o que estiver escrito com caneta dentro deste espaço).
a) Tradicional Local
Moderno Internacional