Leia a matéria jornalística sobre caso de racismo, sofrido por expoente jogador de futebol, no Rio de Janeiro.
Gabigol depõe ao TJD e diz que não pretende deixar caso de racismo passar impune.
O jogador do Flamengo Gabriel Barbosa, o Gabigol, prestou depoimento de forma virtual ao Tribunal de Justiça
Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), na tarde desta sexta-feira (18), no inquérito que investiga as ofensas
racistas contra o jogador. O atleta falou por cerca de uma hora, se mostrou indignado e afirmou que não pretende
deixar o caso passar impune. No depoimento, ao qual a CNN teve acesso, Gabigol narrou os fatos ocorridos na
partida, realizada no dia 6 de fevereiro, contra o Fluminense, no estádio Nilton Santos, o Engenhão. Ele disse que
“no intervalo da partida, ainda em direção ao túnel que dá acesso ao vestiário, ouviu diversos xingamentos e
palavras ofensivas, em especial gritos de'macaco” direcionados a ele.
https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/gabigol-depoe-ao-tjd-e-diz-que-nao-pretende-deixar-caso-de-racismo-passar-impune
Ao relacionar o caso recente de racismo, apresentado na matéria jornalística, à interpretação do sociólogo
Florestan Fernandes de que a sociedade brasileira não se configura como uma democracia racial, é correto
afirmar que
a) pessoas negras continuam sofrendo agressões, sobretudo, verbais, diretas ou indiretas, pelo simples fato de
serem negras, a despeito da situação financeira de que dispõem.
b) neonazistas continuam mantendo a defesa da segregação racial por meio de ataques violentos somente
contra indivíduos negros, independentemente da classe social de sua vítima.
c) agentes públicos continuam tratando, de forma pejorativa, minorias raciais, como os negros e os pardos,
apesar de o Código Processual assegurar-lhes mais direitos quando comparados aos indígenas.
d) grupos majoritários economicamente continuam sofrendo mais discriminação racial, muito embora a elite
tradicional aceite a miscigenação étnica em suas famílias.
e) indivíduos que continuam passando por processos geracionais de branqueamento sofrem mais assédios
racistas, com discriminação e com injúria racial, do que seus ascendentes de peles mais escuras.