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Exercício 11603059

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(UEMA - 2021)Número Original: 28Código: 11603059

PAES - Primeira Etapa - Prova Objetiva

Questões com dados e estatísticas (Sociologia).g Considerações sociológicas sobre a inserção dos escravos libertos na sociedade brasileira no pensamento de Florestan Fernandes .f Brasil.b
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Questão de Vestibular - UEMA 2021
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Brancos continuam recebendo 50% a mais do que negros no Brasil Em 2012, início da série histórica do IBGE para a medição, o rendimento médio mensal dos brancos foi 57,3% maior que o dos negros. Em 2019, quase nada havia mudado: a população branca recebeu, em média, 56,6% a mais que a população negra. [...] Os números também mostram que as pessoas negras ainda ocupam postos de trabalho mais precários. Os dados mais recentes, de 2015, revelam que os negros eram maioria em atividades braçais como cultivo de mandioca (85, 9%), serviços domésticos (64,7%) e construção civil (63,9). Por outro lado, eles são minoria em áreas que exigem maior qualificação como informática (31%), arquitetura e engenharia (26,9%) e em cargos de gestão empresarial (23,6%). [..] Pequenos avanços Um dos artigos do Estatuto (da Igualdade Racial), ressaltado pelos especialistas, é o gue trata da adoção de ações afirmativas para acesso ao ensino superior e ao trabalho. "A cota é a única política em vigor no Brasil para reverter esse círculo vicioso que mantém a população negra em uma posição inferior”, afirmam os especialistas. Os resultados da política de cotas já podem ser observados. Dados do IBGE mostram que a presença de negros nas universidades dobrou entre 2011 e 2019, passando de 9% para 18%. Os números são referentes a estudantes que frequentam o ensino superior na idade adequada, entre 18 e 24 anos. "Ainda vemos uma grande desigualdade, mas já há um avanço tímido". As cotas raciais enfrentaram - e ainda enfrentam - uma grande resistência entre os brasileiros. [...] Mais uma vez, é o racismo se manifestando. Brancos continuam recebendo 50% a mais do que negros no Brasil. 20/07/2020. Disponível em:< https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/07/20/abismo- economico-entre-brancos-e-negros-persiste.htm (Adaptado). A afirmação do sociólogo Florestan Fernandes sobre a sociedade brasileira que tem poder explicativo para os dados apresentados no texto acima é a de que a) “O Brasil colônia havia se estruturado como uma economia exportadora de produtos tropicais e que essa organização fora imposta pela metrópole portuguesa. A economia colonial foi marcada pela especialização em determinados ramos produtivos, sobretudo no setor primário, especialização que se manteve após a emancipação da colônia iniciada com a vinda da família imperial portuguesa para o Brasil, mantendo, ainda, a estrutura de dominação social do período colonial, que continuou segregando ricos e pobres”. b) “O trabalho assalariado livre tornou-se dominante no país, impulsionando uma rápida urbanização, o que gerou novas contradições e problemas sociais, como o desempre o, sobretudo para os negros, que não se qualificaram, preferindo continuar na zona rural, no trabalho de” cultivo da terra, da criação de gado ou do extrativismo, atividades econômicas que entraram em declínio devido à crise de superprodução ocorrida nos Estados Unidos, o que comprometeu esse setor e seus profissionais, deixando ostrabalhadores negros sem condições financeiras”. c) “A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e pela segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho”. d) “A miscigenação seria a solução para retirar os negros da condição de subalternidade a que foram deixados no período colonial, mas para isso, era necessária a constituição de leis que possibilitassem o relacionamento interétnico, bem como o ingresso dos negros nas estruturas educacionais da sociedade, em busca de melhorar a qualificação profissional, para à ascensão econômica e social, mas essas leis não foram implementadas e os negros ficaram relegados à sua própria sorte”. e) “O subdesenvolvimento da sociedade brasileira era resultado da forma de organização social que concentrava renda, terra e indústrias nas mãos dos grandes empresários, excluindo a população mestiça da possibilidade de mobilidade de classe, situação que precisava ser modificada no século XX, para que o Brasil pudesse se desenvolver de forma sustentável, inserindo todos os grupos sociais no processo, pois, somente com a participação de todos na economia, seria possível uma sociedade mais justa.”


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