Gerações inteiras se criaram à sombra de batalhas
nucleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam
estourar a qualquer momento e devastar a humanidade. Na
verdade, mesmo os que não acreditavam que qualquer um
dos lados podia atacar o outro achavam difícil não ser
pessimista, pois a Lei de Murphy é uma das mais
poderosas generalizações sobre as questões humanas. Se
algo pode dar errado, mais cedo ou mais tarde vai dar.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p. 224. Adaptado.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Guerra
Fria delineou a política internacional ao associar o
acirramento da rivalidade entre Estados Unidos e União
Soviética com a possibilidade de um conflito nuclear
devastador entre as superpotências. Porém, apesar de
episódios como a Crise dos Mísseis, em Cuba (1962), o
temido conflito nuclear não ocorreu.
Dentre os fatores que impediram o uso de armas nucleares,
está
a) o movimento pró-paz criado por ativistas
internacionais, como John Lennon, responsável por
moderar os atritos entre os Estados Unidos e a União
Soviética.
b) a certeza da destruição mútua assegurada em caso de
conflito nuclear entre os Estados Unidos e a União
Soviética.
c) a habilidade da diplomacia europeia em definir termos
de paz entre os Estados Unidos e a União Soviética.
d) a unificação da Alemanha, em 1979, que definiu o final
da Guerra Fria ao eliminar a razão fundamental do
conflito entre os Estados Unidos e a União Soviética.
e) a impossibilidade de os foguetes nucleares superarem a
distância entre os Estados Unidos e a União Soviética,
o que impediu a utilização de armas nucleares.