Mas a glória foi efêmera. Berlim não podia permitir a
queda da Áustria. Em 19 de abril de 1915, os alemães
atacaram os arredores de Gorlice-Tarnów. Nikolacha
recuou, sofrendo baixas de 100 mil mortos e 750 mil
prisioneiros. A maioria dos países tinha estoques de
explosivos para uma guerra de curta duração, mas, na
Rússia, a encomenda das novas munições e a adaptação a
uma economia de guerra tinham sido especialmente
morosas e impróprias, com relutância em arcar com as
despesas necessárias. O que começou como uma questão
de abastecimento tornou-se um escândalo público. A culpa
por tudo recaía na falta de armamentos, o que acelerou
uma crise de confiança no Exército e de autoridade do
Estado.
SEBAG MONTEFIORI, Simon. Os Románov: 1613-1918. 1 ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 724. Adaptado.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) provocou
mudanças significativas no cenário econômico e político
internacional. O desfecho do envolvimento do Império
Russo no conflito foi a Revolução Russa de 1917.
Dentre os fatores que contribuíram para a crise que levou
ao fim da monarquia russa, está
a) a elevação da confiança no Exército russo, o que
reduziu a capacidade de luta dos soldados e contribuiu
para a rendição da Rússia para a Alemanha.
b) a redução da quantidade de soldados com as derrotas,
pois o Exército estava limitado quanto à capacidade de
repor os soldados mortos e feridos, em razão da
reduzida população russa.
c) a incapacidade de produzir suprimentos e recursos
bélicos para equiparar as tropas russas às demais
potências beligerantes.
d) a dificuldade em convencer os trabalhadores a aderirem
ao esforço de guerra necessário à elevação da produção
de armas e equipamentos bélicos.
e) a diferença entre os estoques de explosivos, o que era
favorável ao Império Russo, em comparação aos
demais países envolvidos no conflito.