Atente para o seguinte excerto:
“A mudança de ‘estado social’ não trouxera consigo
a 'redenção da raca negra’ e os negros e mulatos
custaram a perceber isso. Eles haviam sido
expropriados de sua condição de dependentes e,
submissos, recebido o peso de seu destino, mas não
os meios para lidar com essa realidade. Sua única
direção foi à marginalização, diante do desamparo
real, Incorporar-se à escória do operariado urbano
ou procurar no 'ócio dissimulado”, na
*vagabundagem sistemática” ou na "criminalidade
fortuita” meios para salvar as aparências e a
dignidade de "homem livre”.
NUNES, Gilcerlândia Pinheiro de Almeida. “A Integração do
Negro na Sociedade de Classes”. Revista Cronos, Natal-
RN, v. 9, n. 1, p. 247-254, jan/jul. 2008.
O trecho acima foi extraído de uma resenha acerca
da obra “A Integração do Negro na Sociedade de
Classes” (1964) do sociólogo brasileiro Florestan
Fernandes (1920-1995). Partindo da compreensão
da forma como ocorreu a integração dos negros
libertos na sociedade de classes brasileira dos fins
do século XIX, assinale a afirmação verdadeira.
A) Foi rápida a adaptação dos ex-escravos em
uma sociedade que começava a empregar a
liberdade civil e o bem-estar de todos.
B) Os negros no Brasil colonial e monárquico
estavam em melhores condições de vida do que
após a libertação do cativeiro forçado.
C) Alibertação da população escrava negra foi a
única responsável por instalar problemas de
vadiagem na vida urbana do Brasil.
D) Os negros livres da escravidão foram
incorporados de forma subalternizada nas
classes menos abastadas e miseráveis do
Brasil.