De início, devemos lembrar que a unidade política do
mundo romano estava seriamente comprometida muito
antes de o último imperador ter sido deposto, em 476, por
um chefe germânico. De fato, com a crise do século III, as
lutas pelo trono eram frequentes, as intervenções dos
militares também. Cada exército provincial pretendia dar o
título imperial ao seu comandante para obter maiores
vantagens: naquele período de “anarquia militar” (235-
268), de 26 imperadores apenas um não teve morte
violenta, em guerra ou assassinado por rivais. Portanto,
cada um deles reinou, em média, pouco mais de um ano. E
durante este curto reinado, as regiões que não o apoiavam
na prática gozavam de autonomia. No governo de Galieno
(260-268), por exemplo, cerca de vinte governos
provinciais agiam como se fossem independentes.
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. São
Paulo: Brasiliense, 1986, p. 88.
O século III da história da Roma Antiga foi marcado por
uma forte crise. Sobre esse período, é CORRETO afirmar
que
a) as instituições políticas romanas já se mostravam
frágeis, pois as tensões geradas pelas conquistas
contínuas criavam um clima de instabilidade.
b) o exército, cada vez mais forte e uno, pretendia dar o
título imperial ao seu comandante, para obter maiores
vantagens.
c) as lutas pelo trono imperial eram frequentes e
agravavam-se frente ao enfraquecimento da figura dos
imperadores e da “anarquia militar”.
d) os soldados perderam a confiança no Estado e
tornaram-se fiéis a seus generais, partilhando com eles
os fartos espólios de guerra e as muitas pessoas que
eram escravizadas.
e) os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil,
o que fez com que os imperadores reinassem, em
média, pouco mais de um ano.