“[...] foram de novo prestadas homenagens ao conde, as
quais eram feitas por esta ordem, em expressão de
fidelidade e garantia. Primeiro prestaram homenagem desta
maneira: o conde perguntou [ao vassalo] se ele desejava
tornar-se seu homem, sem reservas, e ele respondeu:
“Quero”. Então, tendo junto as mãos, colocou-as entre as
mãos do conde e aliaram-se por um beijo. Em segundo
lugar, aquele que havia prestado homenagem jurou
fidelidade ao porta-voz do conde, com estas palavras:
*Comprometo-me por minha fé a ser fiel daqui por diante ao
conde Guilherme e a cumprir integralmente a minha
homenagem, de boa fé e sem dolo, contra todos”, e em
terceiro lugar jurou o mesmo sobre as relíquias dos santos.
Finalmente, com uma varinha que segurava na mão, o conde
deu a investidura a todos aqueles que por este fato tinham
prestado lealdade, homenagem e juramento”.
BRUGENSIS, Galbertus apud ESPINOSA, Fernanda. Antologia de
textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981, p. 172-73.
A partir de seus conhecimentos sobre a Idade Média, e
considerando a leitura do texto, é CORRETO afirmar que
esse texto trata
a) da renovação de um contrato de vassalagem, que, em
três etapas, estabelece relações entre nobres.
b) da relação de escravidão que marca a sociedade da Idade
Média, pois era preciso obter mão de obra para a
agricultura.
c) da relação entre os servos (que ofereciam lealdade e
proteção) e os suseranos (donos de terras e detentores de
títulos).
d) da relação de vassalagem que marca a compra da
liberdade, por meio da qual o cidadão se torna livre para
exercer a atividade que deseja dentro do condado.
e) da doação de terras por parte do vassalo para seu
suserano, como agradecimento pela concessão do título
de duque.