“A transformação da renda em trabalho, na renda em espécie nada de fundamental
altera na natureza da renda familiar (...). Por renda monetária entendemos aqui a renda fundiária que
resulta de uma simples mudança de forma da renda em espécie, tal como esta não é mais do que uma
modificação da renda em trabalho (...). A base deste tipo de renda, embora se aproxime a sua dissolução,
continua a ser a mesma da renda em espécie, que constitui o seu ponto de partida. O produtor direto é
ainda, como antes, o possuidor da terra, através da herança ou de qualquer outro direito tradicional, e
deve efetuar ao seu senhor, enquanto proprietário de sua condição de produção mais essencial, a prestação
de trabalho excedente na forma de corveia, isto é, trabalho não-pago pelo qual não se recebe equivalente,
na forma de um subproduto transformado em dinheiro” (MARX, Karl. O Capital, v. 3, p. 774-777).
Assinale a alternativa que apresenta uma correspondência correta ao que se apresenta no texto acima
sobre o processo de transição do Feudalismo para o Capitalismo, no início da Idade Moderna e fase de
constituição do Estado Absolutista:
A) Nas origens do Estado Absolutista estava a coerção extra econômica privada, a dependência pessoal e a
associação do produtor direto com os instrumentos de produção.
B) Mesmo depois do fim do Absolutismo o subproduto rural continuou sendo extraído na forma de trabalho não
pago.
C) Durante este período a propriedade agrária deixou de ser aristocrática o permitiu o mercado livre da terra e a
mobilidade efetiva do elemento humano.
D) O trabalho foi separado de suas condições sociais de existência rurais para se transformar, logo após a crise
feudal do século XIV, em força de trabalho.
E) Para garantir a formação do Estado centralizado, os reis absolutistas tomaram as terras dos senhores feudais e
entregaram para a classe média burguesa.