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Exercício 10040156

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(URCA - 2017)Número Original: 60Código: 10040156

Segundo Semestre - Primeiro Dia

Processos políticos, econômicos e culturais da formação do Estado Nacional Brasileiro após a independência do país .f Brasil.b
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Questão de Vestibular - URCA 2017
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“A despeito do intenso processo de industrialização, da maciça penetração de capitais estrangeiros, da crescente presença de corporações multinacionais, do explosivo crescimento urbano, da melhoria dos índices de alfabetização e das várias tentativas de “modernizar” o país, feitas de um por sucessivos governos civis e militares, as palavras amargas de um notável crítico literário e analista social, Silvio Romero, pronunciadas há mais de um século, lamentando a dependência econômica em relação aos capitais estrangeiros e a incapacidade da República de incorporar os benefícios do progresso à grande maioria da população e de criar uma sociedade realmente democrática, soam ainda hoje verdadeiras.” (COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. São Paulo: Unesp, 2010, p. 9) A nota à edição do Livro que Emília Viotti da Costa faz nos leva a perceber que existem estruturas sistêmicas no Brasil que nos remetem a uma história de longa duração. Assim, podemos corretamente afirmar sobre o Brasil pós-independência que: As elites brasileiras que tomaram o poder em 1822 compunham-se de fazendeiros, comerciantes e membros de sua clientela, ligados à economia de exportação e interessados no rompimento das estruturas tradicionais de produção cujas bases eram o sistema de trabalho escravo e a grande propriedade; A presença do herdeiro da Casa de Bragança e de pouca capacidade de mobilização política no Brasil permitiu a oportunidade de organizar um sistema político fortemente descentralizado que permitia aos municípios e províncias intensa autonomia frente ao poder central; Dentro da tradição colonial, no pós-independência, o Estado foi subordinado à Igreja e o catolicismo mantido como religião oficial, ainda que fosse permitido o culto privado de outras religiões; Após a independência foi adotado o voto censitário que excluía a maior parte da população; No pós-independência, o trabalho escravo foi mantido, mas foram superadas as relações de poder baseadas na troca de favores e a patronagem foi substituída pela mobilidade social com base no mérito.


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