Leia o texto a seguir:
Em 1997, os biólogos Keith Campbell e lan Wilmut apresentaram ao mundo a ovelha Dolly. Com
ela nasceu uma revolução científica e social; vinte anos se passaram, e a clonagem ainda suscita
opiniões conflitantes. O grande impacto de Dolly foi a descoberta de que uma célula somática
diferenciada poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser totipotente. O processo
não é fácil. Dolly só nasceu após 276 tentativas, que fracassaram. Além disso, dos embriões
obtidos, 90% não alcançaram nem o estágio de blastocisto.
Em teoria, uma clonagem humana reprodutiva é possível, no entanto suas implicações éticas
suscitaram seu banimento pela maioria dos cientistas. Em contrapartida, a clonagem terapêutica,
que se utiliza da mesma técnica de transferência nuclear de uma célula adulta para um óvulo
enucleado, objetiva formar tecidos e órgãos para transplantes e, por esse motivo, é menos
conhecida e discutida.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/21/ciencia/1487674345 626879.html> (Adaptado)
Sobre isso, é CORRETO afirmar que
a)
apesar de o DNA ser igual em todas as células de um indivíduo, os genes, nas células somáticas
diferenciadas, se expressam de forma distinta para cada tecido. E espantoso ver uma célula
adulta ser transformada em célula embrionária, capaz de se desenvolver e dar lugar às outras
células do corpo do organismo clonado.
em mamíferos logo após a fecundação, a célula resultante da fusão dos gametas começa a se
dividir e, pelo menos até a fase de 16 células pluripotentes, cada uma delas é capaz de se
desenvolver em um ser clonado completo, cada qual com um DNA distinto.
indivíduos com doenças genéticas podem utilizar a clonagem terapêutica para melhorar seu
quadro clínico; no entanto, o núcleo das hemácias para formar as células-tronco embrionárias só
poderá ser do paciente, objetivando evitar a rejeição de um transplante, uma vez que o DNA
doado por outra pessoa é incompatível.
na fase de blastocisto, o embrião humano encontra-se implantado na cavidade uterina. As células
externas do blastocisto, chamadas células-tronco embrionárias totipotentes, vão originar as
centenas de tecidos com todos os genes ativos que irão compor o organismo clonado.
no caso de uma clonagem humana reprodutiva, seria possível descartar o núcleo de uma célula
germinativa, inseri-lo no citoplasma de um espermatozoide e, então, colocá-lo em um óvulo para
posterior implantação do embrião.